LEITURAS
Explicando SolloƧ
Autor: Antonio Teixeira
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Conforme prometido no artigo anterior, explicarei o uso da palavra SolloƧ, escrita dessa forma aí. Pois bem, sabemos que praticamente toda a energia disponível em nosso planeta vem, ou veio, do sol. Até mesmo a energia gerada pelas usinas hidroelétricas não existiria, se você pensar que é o calor do sol que aquece as águas, que se transformam em nuvens, de onde cai a chuva, que alimenta as nascentes dos rios.
As plantas, e alguns outros seres como algas, dependem totalmente da luz do sol, e do seu calor, para realizarem a fotossíntese, e assim viver. Nesse processo, nunca é demais lembrar, as plantas absorvem o dióxido de carbono do ar e, usando também água, o transformam em energia, na forma de carboidratos. Além disso, devolvem para a atmosfera o oxigênio que usamos para respirar.
Desculpe-me se estou sendo muito “básico”, mas.... Veja, as coisas estão todas ligadas! Não há vida sem o sol, sem as plantas, sem o ar, sem a água. E sem os microrganismos do solo, que decompõem os tecidos vegetais mortos, que fixam o nitrogênio atmosférico, que solubilizam o fósforo fixado no solo, que alimentam e defendem as plantas, através da íntima relação com suas raízes.
Tudo acontece em uma película extremamente fina do planeta, de no máximo cinco metros de profundidade: os SolloƧ! E.... comoé que eles se formam? Através do intemperismo das rochas, que nada mais é do que o desgaste da rocha, até que ela se desintegre em partículas bem pequenas.
Como isso acontece? Bem, as forças que desintegram as rochas são: a ação dos microrganismos sobre ela, das chuvas, das diferenças de temperatura, dos raios solares e das raízes das plantas, principalmente. Ao longo dos milhares (ou milhões!) de anos, as rochas vão se desintegrando pela ação desses fatores, e se transformando em .... SolloƧ!
Essas rochas desintegradas, fornecem às plantas e aos microrganismos, os elementos minerais necessários à sua (e à nossa) sobrevivência. Tudo o que comemos (a exceção do sal), veio de uma planta/alga, ou de um animal que as comeu.
Então, a coisa funciona assim: a energia que alimenta nosso planeta vem, basicamente, do sol. Ao chegar aqui, os raios de sol precisam encontrar uma caixa de ressonância, um reflexo, para fazer com que a vida aconteça na Terra. Esse reflexo é o solo, onde crescem as plantas e os microrganismos.
Por isso, estudar, preservar e cuidar do solo, é o mesmo que cuidar da vida em nosso planeta. Não há vida sem o sol. E não há vida sem o seu reflexo: o solo.Então, proponho a todos que reconhecem a vital importância dos solos, o seguinte:
- Nada mais justo que, face ao exposto, modifiquemos a escrita da palavra solos. Que a partir de hoje, reconheçamos que os solos são, de fato, o reflexo do nosso astro rei, o sol!
Que todas as pessoas que reconhecem a importância dos solos para a continuidade da vida em nosso planeta, passem a escrever solos como o reflexo do sol: SolloƧ.A língua portuguesa dará esse passo inicial. As demais.... Que sejam criativas para também homenagear aqueles que nos proporcionam a possibilidade de viver nesse planeta.
Alunos, professores, escritores, jornalistas, vamos todos, a partir de hoje, escrever a palavra solos dessa forma: SolloƧ. Será a nossa senha, nosso sinal, nossa homenagem a essa energia (sol) e a esse reflexo (solo), que são os elementos responsáveis pela nossa permanência na Terra. Vejamos se alguém irá nos corrigir....